Qual o tratamento para o TDAH?


Qual o tratamento para o TDAH?


A farmacoterapia (uso de medicamentos) é o tratamento de primeira escolha para indivíduos portadores do TDAH.
Por outro lado, alterações no funcionamento psicológico e em outros domínios são essenciais para a aquisição de novas habilidades e para modificação de comportamentos não adaptativos. O tratamento combinado ‘medicamentos  mais terapia cognitivo-comportamental’ é considerado por muitos como uma excelente opção para o tratamento do indivíduo com TDAH. No entanto, embora o tratamento farmacológico sozinho seja capaz de melhorar muitos sintomas dependendo da dose, não há evidências de que o mesmo acontece para quem só conta com a terapia.
Entre os medicamentos testados, mais de 200 estudos randomizados, controlados, demostraram a eficácia dos estimulantes. No Brasil, o medicamento dessa classe disponível para o tratamento do TDAH é o Mefilfenidato (MF). O fármaco está aprovado pelo FDA para tratamento de TDAH em pessoas com mais de 6 anos. A taxa de resposta ao estimulante é de 70 a 90%, o que é surpreendente no tratamento de doenças neuropsiquiátricas.
Diversas técnicas de terapia cognitivo-comportamental (TCC) têm sido utilizadas para o manejo do TDAH, dentre as quais podemos citar as técnicas de treino de solução de problemas, repetição e verbalização de instruções, atividades interpessoais orientadas, treinamento de habilidades sociais e técnicas de manejo de contingências de reforçamento.
Os Programas de Treinamento com Pais ou Familiares são uma ferramenta poderosa de intervenção.

Quais são as etapas para os programas de tratamento do TDAH?


  1.  Esclarecer os pais sobre o TDAH, suas múltiplas causas e o impacto na vida dos portadores;
  2.  Dificuldades inerentes ao quadro;
  3.  Aplicação de tarefas, a persistência em sua execução e a tolerância à frustração e aos insucessos iniciais de uso;
  4.  Estabelecer metas razoáveis;
  5.  Reforçar os resultados alcançados.
Alguns princípios básicos do Treinamento de Pais são:
As relações familiares são recíprocas, o elogio deve ser priorizado em relação à punição, as consequências de um comportamento (elogio/punição) devem ser imediatas, específicas e consistentes e os comportamentos problemáticos devem ser antecipados sempre que for possível. Na medida em que os prejuízos apresentados pelas pessoas com TDAH acontecem principalmente no contexto escolar/laboral e familiar, é interessante conciliar a terapia com o paciente à modalidades de intervenção direcionadas para estes ambientes.

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