Entenda a diferença entre Dificuldade de Aprendizado e Transtorno de Aprendizagem.


Entenda a diferença entre Dificuldade de Aprendizado e Transtorno de Aprendizagem.




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É muito comum confundirmos “Dificuldade de Aprendizado” com “Transtorno de Aprendizagem“, por este motivo preparamos este artigo para lhe ajudar a entender definitivamente qual a diferença entre os dois, e como isso pode ajudar na avaliação psicopedagógica.
Quando chegamos ao meio do ano e percebemos que as notas não foram boas, que os cadernos e livros estão bastante desorganizados, o interesse pelos estudos é muito baixo, reclamações da escola, dos professores, tudo isso no leva a crer que algo não vai bem.
Os sintomas de que o seu filho está com algum problema é visível, mas o que será que ele tem? Uma dificuldade de aprendizagem ou um transtorno de aprendizagem?
Neste momento a escola o aconselha a procurar ajuda de uma psicopedagoga, e os diagnósticos em psicopedagogia nos dizem que há na literatura uma diversidade de termos para designar as alterações que podem ocorrer na aprendizagem: dificuldades, problemas, descapacidades, transtornos, distúrbios, e estes termos designam condições diferentes, então, vamos falar das mais utilizadas nas escolas: transtornos e dificuldades.
Segundo Moojen (1996…2004), em relação a esses aspectos da aprendizagem, podemos classificá-los em duas categorias: dificuldades, (que podem ser naturais ou secundárias) ou transtornos.

A Dificuldade de Aprendizado

As dificuldades de aprendizado naturais são aquelas dificuldades experimentadas por todos os aprendentes em alguma matéria ou em algum momento da sua vida escolar. E os fatores causadores destas dificuldades estão relacionados a aspectos evolutivos ou são decorrentes de problemas na proposta pedagógica, de exigência da escola, de falta de assiduidade do aluno, de eventuais conflitos familiares  por exemplo. Estas dificuldades são naturais, evolutivas e, portanto são transitórias, tendem a desaparecer quando há um esforço por parte do aluno ou ajuda de professor particular.
Ainda nesta categoria podemos incluir os problemas apresentados pelos alunos no 2º ou 3º ano do ensino fundamental e ainda não identificados como “transtornos da aprendizagem”, uma vez que esta avaliação requer certa persistência da dificuldade.
Entre dificuldade de aprendizagem secundária à outros quadros avaliados estão os problemas na aprendizagem escolar, decorrentes de transtornos que atuam primariamente sobre o desenvolvimento humano normal e secundariamente sobre as aprendizagens específicas.
Nesta sub-categoria, estão incluídos os portadores de deficiência intelectual, sensorial, e aqueles com quadros neurológicos mais graves ou com transtornos emocionais significativos.
Para a caracterização das dificuldades secundárias, é imprescindível o diálogo com outros profissionais, como por exemplo, os psicólogos, psiquiatras e neurologistas, visto que tal diagnóstico primário é dados por eles, e cabe salientar que as dificuldades de aprendizagem secundárias, podem apresentar comorbidades com transtornos de aprendizagem, e isso torna ainda mais complexa a avaliação psicopedagógica.
Exemplo: Uma criança pode ter um transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) que, secundariamente afeta a sua aprendizagem escolar e, ao mesmo tempo, pode apresentar alterações específicas na escrita caracterizando um quadro de transtorno da escrita, excedendo às dificuldades decorrentes do TDAH.

O Transtorno de Aprendizagem

Na nomenclatura “transtorno de aprendizagem” estão inclusos de três tipos: da leitura, da expressão escrita (ou soletração) e das habilidades matemáticas, (Discalculia).
Elas podem se manisfestar em três níveis de gravidade: leve, moderado e grave. Este nível grave constitui a dislexia, um transtorno que acompanhará o indivíduo por toda a sua vida. Os transtornos são descritos nos principais manuais internacionais de diagnóstico conhecidos como CID-10 e DSM-V.
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Finalizando

Os problemas na aprendizagem sempre existiram, o problemas é que a sociedade atual se tornou mais competitiva, fazendo com que os pais tenham uma maior preocupação com o rendimento escolar dos seus filhos, acreditando que o bom rendimento escolar é a única alternativa para que o filho alcance o sucesso profissional.
Neste contexto a avaliação psicopedagógica vem sendo cada vez mais requisitada, obrigando o psicopedagogo a realizar uma avaliação breve e objetiva, sem perder de vista as contingências biológicas, psicológicas, familiares e socioculturais em que o aprendente esta inserido.
O trabalho psicopedagógico tenta reconduzir os que têm tais dificuldades escolares ao mundo da cultura, devolvendo-lhes o prazer pelas novas aprendizagens.


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