Aulas de Educação Física, poderão ser acompanhadas de livros.
As aulas de Educação Física podem ser acompanhadas de livros a partir de 2019. Essa possibilidade foi anunciada na palestra “O Livro e a Leitura na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, realizada pela Câmara Brasileira do Livro, na manhã desta quinta-feira (5), em São Paulo. O evento contou com a participação de Guiomar Namo e Zuleika Murrie, redatoras da versão final do documento, e Teresa Pontual, diretora de currículos e Educação integral do Ministério da Educação (MEC) e integrante do Comitê Gestor da BNCC.
A perspectiva do MEC é que o edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para 2019, voltado para os anos iniciais, saia ainda em 2017 e que já esteja alinhado com as diretrizes da Base Nacional. “Temos um grande esforço acontecendo agora do processo do PNLD. É um processo longo e demorado e o edital tem sempre chegado com antecedência”, disse Teresa. “Agora com a Base, a gente quer dar mais antecedência possível para todos se organizarem”, completa. Como o documento só passa a valer e existir de fato depois do parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) e da homologação do MEC - o que deve acontecer até o final do ano, a diretora de currículos da pasta explica que o edital incorporará as habilidades e competências da terceira versão da Base.
O documento é dividido por áreas do conhecimento e deve pautar um novo formato de livros didáticos. Zuleika, coordenadora do grupo de trabalho da área de Linguagens, explicou que a Educação Física, por exemplo, também pode ser incluída nesses materiais. “Nos próximos documentos diretivos se pensa em incluir livros didáticos dessa disciplina também. Então, é preciso começar a se preparar para isso pensando já em trazer os profissionais de Educação Física para se pensar os ciclos propostos pela Base e essa aprendizagem desde os primeiros anos”, disse.
De acordo com Teresa, é possível que essa mudança apareça no próximo edital do PNLD. “Vamos ter materiais por área, onde entrariam todos os componentes delas”, explica. Em Linguagens, por exemplo, entrariam Línguas Portuguesa e Inglesa, Arte e Educação Física. “Eu espero que isso ajude as escolas a trabalharem Educação Física mesmo quando não têm uma quadra - que é um problema que a gente sabe que é muito grande. Além disso, os professores poderão trabalhar as habilidades e competências em sala de aula. Acho que vai ajudar bastante”, opina.
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